terça-feira, 30 de abril de 2013

CDZ x CDZ Ômega (parte II)




Pois é, estou eu aqui de novo para falar sobre os Cavaleiros do Zodíaco Ômega e mais uma vez para falar sobre as coisas que me incomodam nesse anime. Tá...tá , sei que poderia escrever sobre outros animes, talvez falar do melhor anime que já assisti ou acabar com o pior anime que já vi (ou simplesmente falar de outra coisa mais relevante do que animação japonês), entretanto tem alguma coisa em CDZ Ômega que me incomoda bastante, à ponto de sentir a necessidade de escrever sobre ele.
Primeiramente gostaria de dizer que fiquei feliz em saber que não fui o único a achar bizarro toda essa nova roupagem que estão tentando implantar nos Cavaleiros do Zodíaco, li e ouvi muitos comentários contra essa saga, alguns reafirmavam o que eu já havia dito e outros acrescentavam outras críticas. Assim como também ouvi pessoas defendendo a saga de Ômega e chamando de mente fechada e tradicionalistas as pessoas que criticavam o novo anime, chegando até a fazer comentários mais pessoais do que relacionados ao tema em questão, para essas pessoas só quero dizer o seguinte: Sim, eu sou tradicionalista em alguns aspectos. Não sou contra as mudanças e a evolução, muito pelo contrário, sempre apoiei o novo, entretanto temos que aprender a respeitar o clássico. Quando você pega (no caso) um desenho que se tornou um clássico para dar um ar moderno a ele, tem-se que ter respeito com as suas regras, leis e história e ter um cuidado ainda maior com as mudanças. Costumo relacionar a mudança de Cavaleiros do Zodíaco com a mudança que Stephenie Meyer fez com os vampiros, foi uma mudança tão brusca que poderia falar que o vampiro da saga Crepúsculo é uma nova geração de criaturas com uma linhagem de semelhança com os vampiros (que em minha opinião tornaria o livro bem mais aceitável, apesar dessa não ser a única falha na obra). O mesmo poderia ser feito com Ômega, poderia dar ao anime outro nome e dizer que tem alguma referencia com a saga original de CDZ, assim como o próprio Kurumada fez, o B’tX é um mangá com uma história totalmente diferente de Cavaleiros, mas tem obvias referencias de CDZ nele (além dos traços).
Enfim, sem me prolongar mais do que já o fiz, voltei a escrever sobre o Ômega para falar sobre os novos murmurinhos que tenho escutado sobre o anime. Depois de muitos fãs da saga clássica terem reclamado dessas mudanças exacerbadas que fizeram, os produtores do novo anime resolveram modificar algumas coisas e voltar ao que estava funcionando muito bem na saga original, como por exemplo, os traços das armaduras, para mim é uma mudança insignificante, pois isso é o tipo de mudança que não influencia na essência, podemos ver na saga G dos CDZ que os traços são muito diferentes do original e mesmo assim o mangá é espetacular.
Mas a mudança que esta sendo mais comemorada é a volta das urnas das armaduras. Assim como eu disse no primeiro texto (segue link para quem ainda não leu: http://www.bululante.blogspot.com.br/2013/02/cdz-x-cdz-omega.html), a história das gemas “mágicas” era uma das mudanças que tinha me incomodado bastante, as gemas que os cavaleiros usavam para invocar as armaduras tornavam as coisas muito místicas, de onde vinham as armaduras? Do espaço? De dentro da gema? Ela é feita de energia ou é algo material? Ou é como uma onda eletromagnética que tem duas naturezas? Sem contar que tiraram uma dificuldade que existia no desenho clássico, pois não era qualquer um que conseguia carregar uma armadura, poderia ser o homem mais forte do mundo, mas se não soubesse liberar o cosmo a urna, assim como a armadura, iriam pesar como chumbo. Outra coisa que também privaram é ver a armadura se desmontando e sendo vestida no cavaleiro. Enfim, resolveram concertar isso e fizeram com que as novas armaduras (com traços mais angulados como era as de Kurumada) fiquem dentro das urnas e nossos jovens aventureiros estão carregando essa enorme caixa para cima e para baixo.
Ta tudo muito bom, ta tudo muito bem, mas os produtores não poderiam apenas mudar isso do nada e achar que o publico iria aceitar, então o que eles fizeram? Criaram uma história para explicar essa mudança e foi ai que eles erraram feio (erraram muito feio, erraram rude), mas vamos por partes. Na 1ª temporada do anime tem um episódio que aparece Kiki, Cavaleiro de Ouro da casa de Áries (uma das coisas boas do anime é ver a evolução dos personagens da saga clássica) consertando as armaduras dos cavaleiros de bronze antes deles enfrentarem os outros cavaleiros de ouro, pois então, como Kiki concertou as armaduras? Com pó de estrelas, seu cosmo e... e... só. Só isso! Cadê o sangue de cavaleiro? Quem não se lembra do Shiryu quase morrendo para dar seu sangue para Mu de Áries poder reconstituir a armadura dele e de Seiya? Ou da saga de Poseidon quando todas as armaduras dos cavaleiros de bronze estavam destroçadas pela batalha do santuário e todos os cavaleiros de ouro que sobreviveram deram seu sangue para restaurar as armaduras, o que demonstrou uma homenagem dos cavaleiros de ouro para com os de bronze e o reconhecimento deles como os futuros protetores da paz na Terra e da deusa Atena (sem contar que as armaduras deles ficaram mais fortes já que foram reconstruídas com sangue de cavaleiro e ouro, ajudando assim na vitória deles contra os marinas, cavaleiros de Poseidon). Ou até da saga de Hades quando Shion pinga um pouco de sangue da deusa Atena nas armaduras dos cavaleiros de bronze para reconstituí-las e que por isso eles conseguem usar todo o seu cosmo no castelo de Hades e no final da saga eles conseguem desenvolver as armaduras divinas. Ou seja, o sangue é o toque especial e essencial da reconstrução de uma armadura.
Não obstante eu deixei passar, tanto que nem foi um dos meus comentários no 1º texto que fiz sobre o assunto, só que dessa vez eles passaram dos limites. A história que inventaram para justificar a mudança do traço da armadura e o fim das gemas para as urnas foi que: uma armadura possui seu próprio cosmo (até ai beleza) e que aos poucos ela se regenera sozinha (humm... ficando estranho, mas aceitável), mas o segredo real da reestruturação da armadura é o cosmo do seu protetor, ou seja, qualquer cavaleiro que elevar muito o seu cosmo (queria saber até qual sentido, porque já vi cavaleiros atingindo o 8º sentido para elevar seu cosmo ao máximo para poder ir ao inferno sem morrer) pode reconstruir sua armadura sozinho.
Eu custo a acreditar que o segredo de consertar uma armadura passada de geração a geração para os cavaleiros de ouro da casa de Áries seja esse (na verdade acho que é passado para os cavaleiros da cidade de Jamil, não necessariamente um protetor da casa de Áries), custo mais ainda acreditar que Mu de Áries (mestre de Kiki) fazia com que os outros cavaleiros sangrassem até a quase morte só por diversão. Também quero descobrir até onde um cavaleiro tem que elevar o seu cosmo para que essa regeneração ocorra, já que teoricamente na saga clássica a elevação máxima do cosmo é no 8º sentido que você só atinge quando está à um passo da morte.
Está aí a comprovação do que uma pequena mudança sem respeitar a história do 1º criador pode ocasionar, ele torna a saga que já passou sem sentido nenhum, se sangue não serve para nada no conserto de uma armadura, por que Shiryu quase morreu? Por que os cavaleiros de ouro deram seu sangue? Por que só o sangue de Atenas restaurou as armaduras? Por que só os cavaleiros de ouro de Áries conseguem consertar as armaduras? Por quê? Por quê?
Para mim, antes tinham duas possibilidades deles concertarem esse anime:
1ª – Mudar algumas coisas para ficar mais próxima da original;
2ª – Tirar o nome “Cavaleiros do Zodíaco” do titulo e continuar como se fosse outro anime.
Entretanto essa primeira possibilidade já não é uma opção para mim. Se mudando uma coisa simples como as gemas para as urnas eles fizeram essa cagada toda (sim, eu preferiria que continuasse com as gemas a ver essa invenção absurda), imagine se fossem tirar as habilidades deles de controlarem elementos (isso me irrita profundamente), talvez eles matem todos os deuses gregos e criem um deus único, o Deus cristão, para justificar a mudança.

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