Pois é, estou eu aqui de novo
para falar sobre os Cavaleiros do Zodíaco Ômega e mais uma vez para falar sobre
as coisas que me incomodam nesse anime. Tá...tá , sei que poderia escrever
sobre outros animes, talvez falar do melhor anime que já assisti ou acabar com o
pior anime que já vi (ou simplesmente falar de outra coisa mais relevante do
que animação japonês), entretanto tem alguma coisa em CDZ Ômega que me
incomoda bastante, à ponto de sentir a necessidade de escrever sobre ele.
Primeiramente gostaria de dizer
que fiquei feliz em saber que não fui o único a achar bizarro toda essa nova
roupagem que estão tentando implantar nos Cavaleiros do Zodíaco, li e ouvi
muitos comentários contra essa saga, alguns reafirmavam o que eu já havia dito
e outros acrescentavam outras críticas. Assim como também ouvi pessoas
defendendo a saga de Ômega e chamando de mente fechada e tradicionalistas as
pessoas que criticavam o novo anime, chegando até a fazer comentários mais
pessoais do que relacionados ao tema em questão, para essas pessoas só quero
dizer o seguinte: Sim, eu sou tradicionalista em alguns aspectos. Não sou
contra as mudanças e a evolução, muito pelo contrário, sempre apoiei o novo,
entretanto temos que aprender a respeitar o clássico. Quando você pega (no caso)
um desenho que se tornou um clássico para dar um ar moderno a ele, tem-se que ter
respeito com as suas regras, leis e história e ter um cuidado ainda maior com
as mudanças. Costumo relacionar a mudança de Cavaleiros do Zodíaco com a
mudança que Stephenie Meyer fez com os vampiros, foi uma mudança tão brusca que
poderia falar que o vampiro da saga Crepúsculo é uma nova geração de criaturas
com uma linhagem de semelhança com os vampiros (que em minha opinião tornaria o
livro bem mais aceitável, apesar dessa não ser a única falha na obra). O mesmo
poderia ser feito com Ômega, poderia dar ao anime outro nome e dizer que tem
alguma referencia com a saga original de CDZ, assim como o próprio Kurumada
fez, o B’tX é um mangá com uma história totalmente diferente de Cavaleiros, mas
tem obvias referencias de CDZ nele (além dos traços).
Enfim, sem me prolongar mais do
que já o fiz, voltei a escrever sobre o Ômega para falar sobre os novos
murmurinhos que tenho escutado sobre o anime. Depois de muitos fãs da saga clássica
terem reclamado dessas mudanças exacerbadas que fizeram, os produtores do novo
anime resolveram modificar algumas coisas e voltar ao que estava funcionando
muito bem na saga original, como por exemplo, os traços das armaduras, para mim
é uma mudança insignificante, pois isso é o tipo de mudança que não influencia
na essência, podemos ver na saga G dos CDZ que os traços são muito diferentes
do original e mesmo assim o mangá é espetacular.
Mas a mudança que esta sendo mais
comemorada é a volta das urnas das armaduras. Assim como eu disse no primeiro
texto (segue link para quem ainda não leu: http://www.bululante.blogspot.com.br/2013/02/cdz-x-cdz-omega.html),
a história das gemas “mágicas” era uma das mudanças que tinha me incomodado
bastante, as gemas que os cavaleiros usavam para invocar as armaduras tornavam
as coisas muito místicas, de onde vinham as armaduras? Do espaço? De dentro da
gema? Ela é feita de energia ou é algo material? Ou é como uma onda
eletromagnética que tem duas naturezas? Sem contar que tiraram uma dificuldade
que existia no desenho clássico, pois não era qualquer um que conseguia
carregar uma armadura, poderia ser o homem mais forte do mundo, mas se não
soubesse liberar o cosmo a urna, assim como a armadura, iriam pesar como
chumbo. Outra coisa que também privaram é ver a armadura se desmontando e sendo
vestida no cavaleiro. Enfim, resolveram concertar isso e fizeram com que as
novas armaduras (com traços mais angulados como era as de Kurumada) fiquem
dentro das urnas e nossos jovens aventureiros estão carregando essa enorme
caixa para cima e para baixo.
Ta tudo muito bom, ta tudo muito
bem, mas os produtores não poderiam apenas mudar isso do nada e achar que o
publico iria aceitar, então o que eles fizeram? Criaram uma história para
explicar essa mudança e foi ai que eles erraram feio (erraram muito feio,
erraram rude), mas vamos por partes. Na 1ª temporada do anime tem um episódio
que aparece Kiki, Cavaleiro de Ouro da casa de Áries (uma das coisas boas do
anime é ver a evolução dos personagens da saga clássica) consertando as
armaduras dos cavaleiros de bronze antes deles enfrentarem os outros cavaleiros
de ouro, pois então, como Kiki concertou as armaduras? Com pó de estrelas, seu
cosmo e... e... só. Só isso! Cadê o sangue de cavaleiro? Quem não se lembra do
Shiryu quase morrendo para dar seu sangue para Mu de Áries poder reconstituir a
armadura dele e de Seiya? Ou da saga de Poseidon quando todas as armaduras dos
cavaleiros de bronze estavam destroçadas pela batalha do santuário e todos os
cavaleiros de ouro que sobreviveram deram seu sangue para restaurar as
armaduras, o que demonstrou uma homenagem dos cavaleiros de ouro para com os de
bronze e o reconhecimento deles como os futuros protetores da paz na Terra e da
deusa Atena (sem contar que as armaduras deles ficaram mais fortes já que foram
reconstruídas com sangue de cavaleiro e ouro, ajudando assim na vitória deles
contra os marinas, cavaleiros de Poseidon). Ou até da saga de Hades quando
Shion pinga um pouco de sangue da deusa Atena nas armaduras dos cavaleiros de
bronze para reconstituí-las e que por isso eles conseguem usar todo o seu cosmo
no castelo de Hades e no final da saga eles conseguem desenvolver as armaduras
divinas. Ou seja, o sangue é o toque especial e essencial da reconstrução de
uma armadura.
Não obstante eu deixei passar,
tanto que nem foi um dos meus comentários no 1º texto que fiz sobre o assunto,
só que dessa vez eles passaram dos limites. A história que inventaram para
justificar a mudança do traço da armadura e o fim das gemas para as urnas foi
que: uma armadura possui seu próprio cosmo (até ai beleza) e que aos poucos ela
se regenera sozinha (humm... ficando estranho, mas aceitável), mas o segredo
real da reestruturação da armadura é o cosmo do seu protetor, ou seja, qualquer
cavaleiro que elevar muito o seu cosmo (queria saber até qual sentido, porque
já vi cavaleiros atingindo o 8º sentido para elevar seu cosmo ao máximo para poder
ir ao inferno sem morrer) pode reconstruir sua armadura sozinho.
Eu custo a acreditar que o
segredo de consertar uma armadura passada de geração a geração para os
cavaleiros de ouro da casa de Áries seja esse (na verdade acho que é passado
para os cavaleiros da cidade de Jamil, não necessariamente um protetor da casa
de Áries), custo mais ainda acreditar que Mu de Áries (mestre de Kiki) fazia
com que os outros cavaleiros sangrassem até a quase morte só por diversão.
Também quero descobrir até onde um cavaleiro tem que elevar o seu cosmo para
que essa regeneração ocorra, já que teoricamente na saga clássica a elevação
máxima do cosmo é no 8º sentido que você só atinge quando está à um passo da
morte.
Está aí a comprovação do que uma
pequena mudança sem respeitar a história do 1º criador pode ocasionar, ele
torna a saga que já passou sem sentido nenhum, se sangue não serve para nada no
conserto de uma armadura, por que Shiryu quase morreu? Por que os cavaleiros de
ouro deram seu sangue? Por que só o sangue de Atenas restaurou as armaduras? Por
que só os cavaleiros de ouro de Áries conseguem consertar as armaduras? Por quê?
Por quê?
Para mim, antes tinham duas
possibilidades deles concertarem esse anime:
1ª – Mudar algumas coisas para
ficar mais próxima da original;
2ª – Tirar o nome “Cavaleiros do
Zodíaco” do titulo e continuar como se fosse outro anime.
Entretanto essa primeira
possibilidade já não é uma opção para mim. Se mudando uma coisa simples como as
gemas para as urnas eles fizeram essa cagada toda (sim, eu preferiria que
continuasse com as gemas a ver essa invenção absurda), imagine se fossem tirar
as habilidades deles de controlarem elementos (isso me irrita profundamente),
talvez eles matem todos os deuses gregos e criem um deus único, o Deus cristão,
para justificar a mudança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário