IMPOSSÍVEL QUERER
Eu quero o que penso
O que sinto, o que cheiro
Mas num campo ensolarado de relva verde
Não sinto o cheiro da chuva
Num lago límpido da Antártida
Não sinto o morno e doce toque da pele
E com a falta da nostalgia infantil
Não penso em nada mais que um fim tétrico
Como é querer ter o medo ao seu lado
Para poder sentir nada mais que vento úmido
Um sopro gélido de esperança
Para dizimar a dicotomia da conquista
Conquistando todo cheiro, o sentido e o pensamento
Assim num campo ensolarado
Sentirei o morno e doce toque
Numa infantil lembrança
Lembrarei da leve fragrância da chuva
E num límpido lago
Cristalizarei todo mal que viria a ser
Ou tudo isso não passa de uma turva visão de branco
Donde todo cinza vira paisagem
E toda paisagem é cinza
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