segunda-feira, 6 de maio de 2013

EXEMPLO DE ETIQUETA NO ONIBUS



Acho engraçado esse pessoal do ônibus, a ideia de preferência e de solidariedade deles é bem distorcia para favorecer a sua situação. Todos aqui sabem que a preferência dos assentos é dos idosos, gestantes, deficientes físicos e pessoas com grandes e pesadas sacolas (esse ultimo por questão de consciência e bom senso), entretanto o povo brasileiro sempre arranja um argumento para a sua defesa, como falar que existem assentos preferências para esse grupo seleto de pessoas e se já estão ocupadas, eles não podem fazer nada.
Olha aquela situação, uma mulher, beirando seus 45 anos, com sacolas de supermercado suficientes para alimentar dois filhos mais o marido por duas semanas, em pé, com 6 sacolas numa mão e duas na outra que também segura a barra de ferro para tentar mantê-la em equilíbrio, ao lado dessa pobre pessoa esta uma estudante, com aproximadamente 15 anos, sentada, apenas com uma mochila no colo e conversando com sua colega. O que custaria a menina dar o seu lugar para a senhora que esta carregando muito peso? Aposto que ao sentar a senhora iria se oferecer para carregar a mochila da estudante como agradecimento. Só não dou o meu lugar porque também estou com muita carga, minha mochila esta com pelo menos 3 livros grossos, um caderno, notebook, agenda, roupa... sem contar que tenho que terminar de ler esse livro até depois de amanhã e o único tempo que tenho para lê-lo é no ônibus.
Ou então aquilo, uma senhora de uns 70 anos tentando se sustentar em pé no sacolejar do ônibus porque todos que estão ao lado dela estão dormindo ou falando no celular olhando para paisagem da janela como se ainda não tivesse visto a senhora ao seu lado. Tenho certeza que não tinha ninguém dormindo antes dela entrar. Esse jeitinho brasileiro me irrita. Se ela não tivesse tão longe e o ônibus tão lotado ia chamá-la para sentar no meu lugar, mas nesse amontoado de gente a frágil senhora deve fazer um esforço muito grande para chegar até aqui, melhor que ela fique por lá mesmo. A qualquer instante alguém pede parada e ela vai poder sentar.
E aquela mulher. Qual o problema dela colocar seu filho que deve ter uns 7 / 8 anos no seu colo para poder vagar mais um assento? Garanto que não iria atrapalhar o jogo que o menino está jogando no celular. Como tem gente sem noção no mundo. Se minha prima fosse um pouco mais nova eu colocá-la-ia no meu colo e daria o lugar para uma dessas pessoas cansadas voltando para casa depois de uma rotina dura de trabalho, mas hoje em dia uma criança de 11 anos não é mais criança né?!
Olha! Parece que vai entrar um cadeirante. Agora eu quero ver como esse povo vai se comportar, fingir que estão dormindo é que não vão, eles são curiosos demais para isso, mas duvido alguém se levantar para ajudar o rapaz a subir no ônibus. Aquele rapaz por exemplo, provavelmente ele vai ficar olhando todo o processo sem ajudar porque deve ser a primeira vez que ele vê essa situação e quer saber como funciona o elevador feito especialmente para os cadeirantes entrarem nos ônibus. As mulheres vão ficar olhando para o deficiente físico e para os homens que estão dentro do ônibus com olhar de suplica, para ver se alguém se compadece e ajuda o pobre rapaz, entretanto não vão falar nem fazer nada. E o motorista e o cobrador? Nem se mexem, acho que para eles parar para os cadeirantes já é mais do que um favor que eles fazem. Sério mesmo que ninguém vai se mexer para ajudar? Vão ficar só olhando a batalha do homem para encaixar a cadeira no elevador? Tudo bem que eu já esperava, mas sempre acho que vai aparecer um salvador. Ah, ufa! O salvador apareceu. Mas fala sério, se depender dessa sociedade estamos ferrados. Deveria existir mais gente como eu que se preocupa com o próximo. Agora posso voltar a ler meu livro em paz.

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