sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Resenha - As aventuras de Tom Bombadil

Este ano resolvi fazer um desafio literário diferente, como no ano retrasado o desafio era ler pelo menos 50 livros no ano (li 51 livros) e no ano passado era impossível para mim fazer qualquer tipo de desafio literário, este ano apesar de ser bem corrido por estar no ultimo ano da faculdade, resolvi entrar num desafio mais light. Uns amigos meus me recomendaram fazer o desafio literário do blog Desafio Literário (http://desafioliterariobyrg.blogspot.com.br/) que consiste basicamente em ler um livro por mês, entretanto cada mês tem um tema que você tem que respeitar. Bom, as regras estão no site caso vocês se interessarem.
O que mais me interessou nesse desafio não era a quantidade pequena de livros que tenho que ler (até porque estamos em fevereiro e já estou no 6º livro), mas o fato de ter que fazer uma resenha para o livro escolhido do mês e publicá-la  no blog do DL. Gostei tanto desta ideia que resolvi fazer um resenha para todo livro que ler esse ano. Fazia tempo que queria me forçar a escrever mais, pois essa era uma pratica que eu gostava muito e que fui deixando de fazer com o tempo. Tenho vários projetos inacabados ou perdidos nos cadernos ou nas pastas no meu computador, como livros, resenhas de filmes, animes, livros, contos, crônicas, poemas...
Enfim , começarei postando aqui a resenha que fiz para o 1º livro do DL. O tema de janeiro era "tema livre" e resolvi ler "As aventuras de Tom Bombadil", ainda estou me familiarizando com a estrutura de uma resenha, mas espero que gostem. Pretendo melhorar nas próximas.


Tolkien, J. R. R.
As aventuras de Tom Bombadil
Editora Martins Fontes
São Paulo, 2008 – 189 páginas
Idioma original: inglês
Tradutores: William Lagos e Ronald Eduard Kyrmse

Para aqueles apaixonados pelas raças, batalhas, mapas, anéis e tudo que for relacionado ao mundo da Terra Média criado pelo brilhante escritor J.R.R.Tolkien vai achar no mínimo interessante o livro do mesmo chamado “As aventuras de Tom Bombadil”, todavia para aqueles que ainda não tiveram contato com esse mundo fantástico recomendo uma leitura prévia de outras obras do autor, senão esse livro não vai ter muito sentido para o leitor.
Tom Bombadil é um personagem que também aparece em outras obras do autor, como “O senhor dos anéis”, porém suas aparições são sempre muito rápidas e enigmáticas, talvez por isso Tolkien resolveu escrever esse livro com o objetivo de nos falar um pouco mais sobre essa criatura carismática.
O livro foi todo escrito em versos, cada capitulo é composto por um poema que conta a história ou lenda de uma criatura e apesar do livro se chamar “As aventuras de Tom Bombadil” os poemas não se restringe apenas aos seus feitos. A maioria desses poemas conta sobre situações do cotidiano dessas criaturas, sempre muito focado na natureza, muitas vezes ela própria sendo o personagem principal do poema.
Pelo fato do livro não ter sido escrito da maneira tradicional de um romance, não existe continuidade na história, cada poema é uma história totalmente isolada da outra e isso dificulta a caracterização do personagem principal do livro, ou seja, aqueles que gostariam de desvendar um pouco mais sobre Tom Bombadil terá que forçar um pouco a mente para decodificar quem (ou o que) seria ele.
Entretanto o livro é muito gostoso de ser lido, o trabalho de tradução do livro foi feito com muito cuidado e carinho, tentando o máximo possível se manter fiel ao original e ainda manter a poesia rítmica marcante nos poemas da Terra Média. O livro é estruturado em três partes: a primeira se encontra os poemas traduzidos pelo poeta William Lagos que teve como objetivo manter a estrutura do poema original em versos brancos; já a segunda parte é feito uma nova tradução dos poemas de Tolkien realizado pelo Ronald Eduard Kyrmse que com seu conhecimento mais aprofundado sobre a Terra Média o tradutor preocupou-se em traduzir os versos de maneira mais literal e mais fiel a cultura da Terra Média respeitando a rima e a estrutura métrica do autor; e por fim a terceira parte que vem com os poemas na língua original (inglês), o que proporciona ao leitor a possibilidade de captar um pouco mais da poesia que tinha sido perdida no processo de tradução.




Pedro Gil de Macedo Souza

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