John van de Ruit
Cotoco - O diário perversamente engraçado de um garoto de 13 anos
Editora Intrínseca
Rio de Janeiro, 2010 - 392 páginas
Idioma original: Inglês
Tradutor: Marcelo Mendes
Confesso que quando li o titulo do livro pensei: “O que tem de bom para saber sobre o cotidiano de um garoto de 13 anos? É quase como achar interessante ler a biografia de Justin Bieber.” E tenho que dizer que me equivoquei um pouco, a vida de um garoto de 13 anos pode ser tão interessante quanto de uma estrela de cinema, vai depender sempre de sua imaginação e dos seus companheiros de batalha.
O livro conta a vida de John Milton um garoto de 13 anos que mora na África do Sul, inteligente, gosta de leitura e é interessado em temas políticos, a história se passa no momento em que ele começa a freqüentar um internato para garotos, no qual logo nos primeiros dia foi apelidado de Cotoco por ser o garoto menos desenvolvido (anatomicamente falando) dentre os novatos. Vindo de uma família muito maluca, onde o pai é alcoólatra e doido de pedra, a mãe louca concertando as maluquices que seu marido faz e a avô pensa que é da realeza, nada mais do que normal o garoto ter receio do que virá da nova experiência fora do seu ambiente familiar (que já era um desastre). Chegando a sua nova escola, logo de cara Cotoco reconhece que seus companheiros de dormitório são tão loucos quanto sua família e talvez por isso já tenha simpatizado com todos logo no inicio e juntos começam a aprontar no colégio interno, chegando ao ponto de serem conhecidos como os 8 loucos.
Embora o subtítulo do livro fale que é um “diário perversamente engraçado” (e por isso que escolhi este livro para o desafio literário de fevereiro), a história não tem muitos momentos engraçados, pelo contrário, em 392 páginas só li algo realmente engraçado em duas passagens. Isso não torna o livro ruim, mas é impossível não ficar desapontado, pois com um titulo desses esperamos um livro no faça rir em vários momentos, entretanto essa propaganda do subtítulo só serve pra criar uma sensação de desapontamento no final do livro.
Todavia o livro é uma boa leitura para se passar o tempo, ele é bem escrito com uma linguagem simples e limpa, o livro é estruturado como um diário e assim o narrador é em primeira pessoa, sendo ele o personagem principal. A obra não é separada por capítulos e sim por dias demarcando bem como decorre o tempo na história, apesar de interessante essa escolha acho que essa foi a principal causa da falta de diversão do livro, por ser um diário a narrativa é sempre bem curta e se atem aos fatos, ou seja, as passagens que deveriam ser engraçadas perdem um pouco o encanto por ser contado de uma forma seca e rápida, sem ter tempo para desenvolver a história e ir preparando o terreno para o ato cômico.
Mesmo o livro não sendo tão engraçado como esperei, ele é uma boa opção para aqueles que estão querendo dar uma pausa naqueles livros pesados e de difícil compreensão. Com certeza este livro não entrou na lista dos meus favoritos, mas também não me arrependo de ter lido, chego até a indicar essa leitura aos amigos, deixando bem claro que eles não esperem algum acréscimo cultural à sua vida.
Então se sente, acomode-se e curta as armações da pesada que um garoto de 13 anos e seus coleguinhas vão aprontar durante seu primeiro ano no colégio interno. (chamada de filme da Sessão da Tarde).
Oi, escolhi este livro para o desafio literário tb ;) mas diferente de você, achei absurdamente engraçado, ri alto com essa história. rs
ResponderExcluirhttp://leitorcompartilhado.wordpress.com/2013/02/28/mais-facil-e-engravidar-por-polimerizacao-do-que-nao-gostar-deste-livro/
Pois é, para você ver como vai de cada um.
ResponderExcluirComo eu tentei explicar na resenha eu até vi que tinha alguns momentos que era para ser engraçados, como todas as cenas em que os pais de Cotoco aparecem, mas eu não cheguei a rir em nenhum momento desses (tirando duas frases geniais, uma de avó de cotoco e outra do pai), talvez pela estrutura escolhida para fazer o livro. Em vários momentos achei que se ele desenvolvesse mais o texto talvez tivesse mais graça, mas por ser um diário ficou com uma narrativa muito direta e no próximo paragrafo ele já estva falando sobre outra coisa totalmente diferente.
Li sua resenha também, mostrarei para a amiga que me emprestou o livro para ler (já que ela ainda não leu), porque quando falei sobre a minha impressão do livro ela se desanimou (mas ainda recomendei que lesse), quem sabe depois de ler a sua resenha e ver o quanto você se divertiu com o livro ela se anima e tira suas próprias conclusões depois ler.
Eu também achei o livro engraçado, apesar de considerar que algumas partes foram meio forçadas. Não fiquei soltando gargalhadas a toda hora, mas só o fato de soltar um risinho de canto de boca já foi o suficiente pra mim.
ResponderExcluirAcho que vai muito das expectativas que criamos em cima do livro. Apesar do "engraçado" no livro, tive pouca expectativa. O que eu ri foi suficiente para superá-la! rsrs
Um abraço!
Ah, Drope, vc que é mal humorado, hihihhihi. Eu me diverti bastante com o livro, e como já disse, não sou a pessoa de maior riso frouxo que conheço, viu?
ResponderExcluirBjs
As pessoas devem se sentir super bem humoradas ao meu lado né Flávia? Rsrsrsrs
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